
De noite todos os meus pensamentos são escuros
E todas as palavras têm a letra "u"
Rude
Virtude
Cruzes!
Até mesmo, Bandeira, teu "sapo-cururu da beira do rio"!
Não me digam que o melhor é acender todas as luzes!
Odeio a luz eléctrica e todas as luzes artificias.
A gente repousa na escuridão como num ventre maternal.
E o melhor enredo para isto tudo
É me atirar de súbito num açude
Seco!
Mario Quintana: Velório sem defunto, 1990
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