A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio...
A vida é múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno de ti:
Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar
aí...
como um salso chorando
na beira do rio
( Como a vida é bela! Como a vida é louca! )
Mario Quintana; Esconderijos do Tempo, Porto Alegre, 1980
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